Medida altera legislação anterior, que estabelecia a abertura alternada a cada 14 dias. Goiás já tem mais de 58 mil casos de coronavírus.
O governo decretou nesta segunda-feira (27) a prorrogação “por tempo indeterminado” do período de funcionamento do comércio em Goiás. A medida segue uma nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde, que recomenda a manutenção das atividades econômicas e fiscalização rigorosa dos protocolos sanitários.
O decreto altera a legislação anterior, que estabelecia o funcionamento alternado do comércio a cada 14 dias como forma de controlar o avanço da Covid-19. Como o último dia de reabertura seria nesta segunda-feira, caso não fosse alterado, os comércios deveriam fechar novamente por 14 dias a partir de terça-feira (28).
A nota técnica que embasou o decreto aponta que a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 tem se mantido abaixo de 85% nos últimos 15 dias. A nova legislação estabelece ainda que novas mudanças podem ser feitas a qualquer momento, “conforme a análise da evolução da situação epidemiológica”.
Seguem proibidos de funcionar:
- Visitação a pacientes internados com Covid (exceto casos de necessidade de acompanhamento de crianças)
- Visitação a presídios e centro de detenção para menores
- Eventos públicos e privados de qualquer natureza, desde que presenciais
- Atividades em clubes recreativos e parques aquáticos
- Aulas presenciais em instituições de ensino públicas e privadas
- Boates, salões de festas e jogos
- Cinemas, teatros e casas de espetáculos
Pico da doença
O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, informou nesta segunda-feira que Goiás está no pico da doença e que a situação deve se estabilizar esta semana. O estado tem mais de 58 mil casos confirmados de Covid-19 e 1,4 mil mortes.
“Acreditamos que estamos vivendo o pico e que esse pico se estabilize e vire um platô ao longo desse semana. O platô significa que o número de casos diários tende a permanecer o mesmo”, disse o secretário.
Entretanto, a professora de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) Érika Silveira acredita que o estado ainda está com crescimento acelerado dos casos.
“Nós não temos mais no estado de Goiás uma curva epidêmica, nós temos um foguete”, disse a professora.