Fonte: Empreender em Goiás
A retomada parcial das atividades do segmento festas e eventos em Goiânia deverá ser decidida nesta semana, quando a Prefeitura receberá o Sindibares e representantes do setor. A entidade já entregou documento junto com protocolos de segurança que devem ser adotados nestes locais. Em Goiânia, existem aproximadamente 350 casas de festas que estão sem funcionar desde março. Antes da pandemia, o setor de eventos empregava aproximadamente 40 mil profissionais por mês na capital. Isso porque impacta diretamente e indiretamente vários segmentos, como decoradores, músicos, eletricistas, garçons, designers, uma cadeia com mais de 50 categorias.
Segundo o presidente do Sindibares, Newton Pereira, os empresários do setor veem a oportunidade de serem retomados alguns eventos com a diminuição da curva de contágio do coronavírus e com a capacidade de leitos de UTI, ao lembrar que o comércio de rua e shoppings já voltaram às atividades. Segundo Newton, eventos sociais já foram liberados em algumas cidades como Rio de Janeiro.
Neste setor, destaca, a maioria é de médios e pequenos empresários, que não têm conseguido manter os negócios e empregos dos colaboradores. Com isso muitos profissionais estão passando dificuldades. Em 26 de maio, o Empreender em Goiás mostrou que das mais de 2 mil empresas de eventos legalizadas existentes em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade, mais da metade fechará as portas por causa da paralisação (saiba mais aqui).
Situação preocupante
Atuando há nove anos com o grupo Brinkaboom Buffet, Gracy Ramos Rodrigues, que tem três unidades em Goiânia, afirma que a situação da empresa é muito preocupante. Ela avalia se vai fechar uma de suas unidades, já que está seis meses sem renda. Gracy conta que teve que dispensar mais de 30 colaboradores, já que não conseguia arcar com os custos. Lembra ainda que muitos eventos foram cancelados e outros remarcados para o ano que vem. Gracy Ramos explica ainda que a Prefeitura precisa analisar a situação das casas de festas e dar uma previsão de reabertura. “Os empresários e trabalhadores desse setor têm sofrido muito, ninguém consegue ficar fechado por mais de seis meses,” argumenta Gracy.
Marylia Penna de Oliveira, proprietária do Oliveira’s Place e há 22 anos no setor, conta que a empresa tem passado por momento muito complicado. A empresária tem um espaço grande com um custo mensal elevado e está sem faturar nestes meses. A empresa tinha 38 funcionários e hoje só oito estão trabalhando em home office. Alguns estão afastados pela MP do Governo Federal.
Ela que já participou de várias reuniões no Paço Municipal afirma que o setor está preparado para voltar, que é possível retomar eventos sociais, feiras de negócios e até mesmo eventos em auditório, com número determinado de pessoas e com toda segurança necessária. No documento entregue à Prefeitura, o Sindibares destaca que o setor de alimentos e as casas de festas já trabalham com rígidos protocolos de segurança e isso será reforçado ainda mais.
Medidas sugeridas
Entre as medidas sugeridas à Prefeitura, o setor propõe que os eventos deverão ser realizados com no máximo 70% da capacidade do espaço físico, O distanciamento das mesas será de dois metros, e com capacidade de 4, 6 ou 8 lugares, para atender ao mesmo núcleo familiar. O cliente deverá fornecer a lista de núcleos familiares para montagem das mesas, que serão reservadas para receber seus convidados específicos.
Em todo o espaço será disponibilizado dispensers de álcool 70% na entrada, banheiros, mesas dos convidados, carrinhos dos garçons e a cada 10m2 pelo salão. Será feita higienização de todas as superfícies (brinquedos, bancadas dos salões e etc.) com solução de água sanitária 200ppm.
Em relação aos alimentos eles serão servidos à la carte, ou no sistema self Service, disponibilizando luvas plásticas para os clientes e observando o distanciamento de um metro entre os convidados na fila para se servir. Durante todo o evento todos devem usar máscara ao entrar e circular pelo estabelecimento (só tirando para comer ou beber). As decorações não tomarão 20% da capacidade do espaço de eventos, a fim de otimizar o distanciamento entre as mesas. E a duração do evento deve ser no máximo de 3 horas e meia.