Fonte: Mais Goiás
O ano mal entrou em março e o preço da gasolina já sofreu cinco aumentos neste ano, enquanto diesel já passou por quatro. Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 41,3% desde o início de 2021. Já o diesel subiu 34,16% no mesmo período. Isso preocupa os cidadãos não só em relação ao abastecimento dos veículos particulares, mas também como isso pode afetar o preço do frete e, consequentemente, dos itens de supermercado. A tendência é que o valor médio com gasto em alimentos, itens de higiene e limpeza pese ainda mais no bolso do consumidor.
O presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Gilberto Soares, explica que com o aumento do combustível é comum que o preço final dos produtos vendidos nos supermercados sejam impactados, uma vez que todas as mercadorias que chegam aos supermercados de Goiás são trazidas por transporte terrestre. No entanto, alguns produtos, mesmo com a alta dos combustíveis, podem ter queda de preço por causa do sazonalidade.
“Neste período o consumidor vai encontrar produtos com melhores preços com a carne e o leite, devido o período de safra. Continuamos otimistas e negociando para que o aumento do combustível tenha o menor impacto no bolso do consumidor na hora de ir as compras”, Gilberto Soares.
Aumento em cadeia
O economista Danilo Orsida, explica que alta dos combustíveis interfere diretamente nos custos de logística das empresas. “Com a disparada de preços dos combustíveis, a tendência é que o comerciante repasse o aumento no preço final do seu produto, de modo a não ver reduzida a sua margem de lucratividade”.
Os reajustes feitos nos preços da gasolina devem interferir também no índice de inflação. O economista Bruno Fleury esclarece que o aumento dos combustíveis representou quase a metade do índice em janeiro. “Em fevereiro, a situação não deve ser diferente, haverá claramente um impacto disso na inflação”, concluiu.