Em Destaque, Economia, Notícias · 26 novembro 2019

Nos últimos meses, o déficit de proteína na China, ocasionado pela Gripe Suína, causou um aumento e abertura das exportações em nível mundial. O Brasil registrou números recordes nas exportações de carne bovina, fato que se refletiu em um expressivo aumento na arroba do boi, ocasionando novas tabelas de preço e afetando, assim, toda a cadeia consumidora, chegando até o cliente final que já sente o impacto originado no campo. 

Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) tem acompanhado atentamente todas as questões que envolvem o abastecimento do mercado interno, que apesar de indicarem que não há risco para falta de carne bovina ao consumidor brasileiro, o valor do produto in natura, assim como já anunciado recentemente pela mídia, chegou ao varejo. Em menos de três meses, o aumento do valor da arroba elevou alguns cortes de bovino, exemplos: o contrafilé a índices acima de 50%, coxão mole 46% no preço de custo dos produtos, que, consequentemente, foram repassados ao preço final aos consumidores.

Pesquisa da BoiSCOT Consultoria indica que o atual preço da arroba bateu recordes e chega a ser negociado por R$ 230,00 registrando um aumento em 29 das 32 praças do Estado de São Paulo pesquisadas pela entidade. Segundo a consultoria, o mercado está agitado com cotações variando com altas médias de 8,9% por semana.

A ABRAS está empenhada em encontrar soluções para um cenário de livre comércio e demanda por parte dos frigoríficos e distribuidores. Entre elas, recomenda aos seus associados, com intenção de atender o consumidor nesse momento, atenção total a logística e manuseio, evitando perdas no processo de transformação e investir esforços em ofertar outras proteínas, como suínos, pescados, ovos e aves como opções à carne bovina. Oferecendo ao consumidor a melhor opção para aquele momento de compra.

Dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) indicam que o volume exportado em outubro foi de 185,5 mil toneladas, um crescimento  de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao mês anterior, o aumento reportado foi de quase 62%, elevando a receita US$ 808,4 milhões, 30% acima do mesmo mês em 2018.

Essa tendência deve continuar e é boa para o País, mas o setor supermercadista ressalta que seguirá – assim como sempre fez –   buscando formas para ofertar produtos com valores justos, a manutenção ao processo de negociação com seus fornecedores, a fim de evitar a sobrecarga aos consumidores brasileiros e as oscilações externas de seus domínios. 

Associação Brasileira de Supermercados

25/11/2019