Fonte: Empreender em Goiás
ano passado não terminou bem para o comércio varejista de Goiás, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. As vendas no acumulado de 2019 tiveram aumento de apenas 0,5%, em relação ao resultado de 2018. Mas, o dado mais preocupante, é que registraram queda nos últimos meses do ano passado. Em dezembro, comparado com o mesmo mês de 2019, houve recuo de 2,4% em média no varejo goiano. Na média nacional, o comércio apresentou crescimento de vendas de 1,8% em 2019, o terceiro ano consecutivo de taxas positivas, mas com leve retração de 0,1% em dezembro.
“A presença de recurso livre adicional devido a liberação dos saques nas contas do FGTS a partir do mês de setembro e a melhoria na concessão de crédito à pessoa física são alguns fatores que podem ter influenciado esse resultado no segundo semestre. O comércio ainda não se recuperou totalmente da crise de 2015 e 2016, mas está em seu momento mais elevado desde outubro de 2014”, explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Seis das oito atividades pesquisadas no comércio varejista brasileiro tiveram taxas negativas de novembro para dezembro, sendo que o que mais pesou no índice geral foi o recuo em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%). “Essa atividade, que tem peso de 44% no total do varejo, foi particularmente afetada pelo comportamento dos preços das carnes”, ressalta Isabella Nunes.
Em contrapartida, dois setores mostraram avanço, suavizando a queda no indicador geral estão os móveis e eletrodomésticos (3,4%) e os Livros, jornais, revistas e papelaria (11,6%). “A Black Friday em 2019 caiu na última sexta-feira do mês de novembro, o que levou o comércio a expandir as promoções para o fim de semana e, assim, muitas das vendas desse evento ocorreram já na primeira semana de dezembro. Isso pode ter influenciado nos resultados positivos para o setor de móveis e eletrodomésticos”, comenta Isabella.
Considerando o comércio varejista ampliado de Goiás, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em dezembro teve retração de 2,3% em comparação a novembro. Na média nacional, esta redução foi menor, de 0,8%. Este resultado foi impactado, principalmente, pelo recuo de 4,0% em veículos, motos, partes e peças e de 1,1% em material de construção.
Os resultados positivos prevalecem em cinco das oito atividades pesquisadas pelo IBGE. O segmento de artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc, exerceu a maior contribuição ao resultado geral do varejo, com avanço de 12,9%, fechando o ano de 2019 com avanço de 6% frente a 2018. O setor de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 18,6% no volume de vendas, a melhor taxa desde março de 2012 (20,9%), exerceu o segundo maior impacto positivo, acumulando um índice de 3,6% no ano.