Fonte: Apas
A confiança do comércio aumentou entre janeiro e fevereiro, segundo divulgou nesta sexta-feira (21) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,7 ponto e passou de 98,1 para 99,8 pontos, retornando ao patamar de fevereiro de 2019 (99,8 pontos).
Foi a terceira alta mensal seguida do indicador.
“A confiança do comércio inicia 2020 em alta, sob influência dos indicadores de expectativas, que se consolidaram acima do nível neutro de 100 pontos. Essa melhora das expectativas, no entanto, ocorre em sentido contrário ao dos consumidores, que em fevereiro se tornaram bem mais cautelosos em relação ao futuro próximo, lançando dúvidas sobre a possibilidade de sustentação da atual tendência de alta da confiança do comércio“, avalia Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Na véspera, a FGV mostrou que a confiança do consumidor registrou em fevereiro o menor patamar desde maio de 2019.
Em fevereiro, a confiança dos empresários do comércio subiu em 5 dos 6 segmentos. A melhora do índice foi mais influenciada pelo resultado favorável do Índice de Expectativas (IE-COM), que avançou 2,6 pontos, ao passar de 104,4 para 107,0, maior nível desde fevereiro de 2019 (107,2) superando o nível neutro pelo nono mês consecutivo. Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) variou, 0,7 ponto, saindo de 91,9 para 92,6 pontos.
“Apesar da ligeira melhora dos indicadores da situação atual em fevereiro, o resultado foi insuficiente para compensar a perda de janeiro, sugerindo que ainda existem dificuldades para o setor engrenar um ritmo mais forte de vendas”, avaliou Tobler.
Confiança da Construção recua em fevereiro
O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, por sua vez, recuou 1,4 ponto em fevereiro, para 92,8 pontos. Apesar da queda pontual, o índice regista a nona alta em médias móveis trimestrais, passando de 91,9 pontos em janeiro para 93,0 pontos.
“Em fevereiro, o Índice de Expectativas, que havia avançado em ritmo forte nos meses anteriores, mostrou uma correção no otimismo setorial. Essa moderação pode ter muitas origens como uma frustração com o ritmo da recuperação ou o aumento das incertezas em relação à continuidade do Programa Habitacional. Ainda assim, os empresários do setor apresentam uma confiança superior à alcançada no mesmo mês de 2019 e a percepção em relação à situação corrente dos negócios continuou avançando e já está em patamar equivalente ao do início de 2015, o que, por enquanto, validam as projeções de crescimento para o ano, disse Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.