Pesquisa afirma que setor Supermercadista tem o maior índice de perdas entres os setores analisados
Dentro de um supermercado existem muitos itens que precisam ser armazenados e expostos da forma certa para dar mais rentabilidade ao empresário, garantindo melhores resultados para o setor supermercadista. Pensando em evitar prejuízos para a categoria, a Escola Agos realizou um Fórum de Prevenção e Perdas na quarta-feira (30) das 16h às 18h para abordar posicionamento estratégico com alvo nos melhores resultados.
Além de trazer para os alunos estratégia e maneiras de diminuir as perda, o facilitador, apresentou para os participantes do fórum, os resultados da pesquisa da Associação Brasileira de Prevenção e Perdas – ABRAPPE de Perdas no Varejo Brasileiro. A pesquisa analisou mais de 17 setores de vendas e afirmou que o setor supermercadista teve o maior índice de perda com 45% de todos os setores, onde já é esperado devido a quantidade de produtos perecíveis nas lojas, mas vale lembrar que esse valor é acima da média. Outras causas de perdas dentro dos supermercados são perdas nas quebras operacionais, quando vai armazenar os produtos, vencimento e avaria.
O fórum reuniu mais de 40 participantes e um deles foi o Jhon Aroldo Barbosa dos Santos que trabalha no Centro de Distribuição do Bretas, no Ribeirão das Neves, em Belo horizonte, há sete anos. Ele afirma que aprender sobre prevenção e perdas é realmente necessário. “ Nossa atuação de forma mais estratégica dentro da empresa é preciso para garantir tanto ao consumidor final um bom produto quanto rentabilidade para os donos do estabelecimento”. Quanto a parte da capacitação Jhon diz que é sempre preciso se reciclar. “Estava na Super Minas, feira de supermercadista de Minas Gerais, no início do mês, quando fiquei sabendo do curso aqui na Agos. Estou em busca de conhecimentos para entender ainda mais e suprir as carências do setor,” afirma Jhon.
Edjanisson Andrade, funcionário do Bretas, que trabalha na área supermercadista há mais de 10 anos, ressalta a importância da escola Agos , realizando eventos que atendem demandas em diversas áreas e reúnem um bom público. “ O fórum é muito importante para estruturar a parte de prevenção e perdas da empresa de todo o Centro-Oeste e até fora dessa região. Essa área é um ramo que se desenvolve bastante. Os empresários a cada dia estão entendendo a importância da prevenção de perdas para o varejo”, afirma Andrade. Para ele o fórum também é importante para que o empresário perceba através de números que a prevenção com um bom equipamento não é apenas um gasto, mas sim um investimento. “ O supermercado onde trabalho tem uma parceria com a Agos e sempre estamos acompanhando as redes sociais para nos inscrever nos cursos que consigam mudar a nossa realidade”, finaliza Andrade.
O Facilitador Marcos Cunha, afirma que o fórum tem como objetivo principal a Integração, compartilhamento de experiências e conhecimentos com dicas e recomendações do que deve ser pensado e executado na Prevenção de Perdas e na empresa como um todo. “ O desafio da Prevenção de Perdas deve caminhar junto com a estratégia da empresa e o respeito, alinhamento e atuação devem ser em conjunto e em parceria com todas as áreas da empresa”. Marcos continua dizendo que o direcionamento dos desafios com atuação estratégica para conquista de respeitabilidade, credibilidade precisa estar diretamente ligado a qualidade e consistência dos resultados. “A qualificação dos profissionais para atuação e evolução da área de Prevenção de Perdas imprescindivelmente deve contemplar as técnicas e gestão alinhadas com o negócio”, encerra Marcos.
Perdas no Brasil
As perdas nos supermercados brasileiros somaram mais de 6,7 milhões, no ano de 2018, segundo a 19ª Avaliação de Perdas no Varejo de Supermercados, realizadas pela Associação Brasileiras de Supermercados (Abras). Na mesma avaliação a entidade afirmou também que os valores das perdas equivalem a 1, 89% do faturamento total bruto do setor. Segundo os entrevistados as maiores causas de perdas são, quebra operacional, furto externo, erro de inventário e furto interno. Os itens que mais sofrem perdas são refrigerantes, cervejas, cortes bovinos (exceto picanha), pilhas e baterias, chocolates em barra e tabletes, queijos, desodorantes, azeites e sabão em pó.