Investir em prevenção é a forma mais segura e barata nesse momento de crise. Mas como fazer isso? A Revista Supermercados ouviu as orientações de um especialista no assunto
Fonte: Foco
As atenções da sociedade, em decorrência da crise sanitária que o mundo inteiro está vivendo, voltaram-se para a saúde e a segurança das pessoas. Nesse contexto, o ambiente do supermercado é um local que ganha muita importância e visibilidade porque é onde as famílias, que mantem o distanciamento social, se abastecem. Por isso, é uma atividade essencial. Em decorrência disso, até mesmo uma norma técnica específica foi editada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – a Nota Técnica Nº18/2020.
Mas sobre o que mesmo fala essa Nota Técnica da Anvisa? Ela discorre sobre Boas Práticas de Fabricação e Manipulação de Alimentos. Cumprir o que determina essas normas, além de ser uma obrigação legal, é também uma maneira de evitar que a população se contamine. Mas existe outro elemento adicional: traz, ainda, efeitos econômicos favoráveis para o negócio. Como? Basicamente, três: mantém os colaboradores seguros
e saudáveis; evita multas (gasto inesperado e desnecessário); evita o fechamento do negócio para descontaminação.
Investir em prevenção é a forma mais segura e barata nesse momento de crise. Mas como fazer isso? A Revista
Supermercados ouviu as orientações de um especialista no assunto: Fernando Pereira, que é diretor da Foco
Consultoria e Assessoria, especializada em segurança e saúde ocupacional para o varejo. Ao analisar a situação
atual do varejo, Fernando destaca que um ponto importante “é ganhar a confiança do cliente, que precisa ir até
um ambiente adequado, preparado, protegido.” O especialista acredita que o cliente está muito mais
exigente e atento às questões sanitárias. Por isso, ele se sente mais seguro quando vê que o estabelecimento que ele frequenta “higieniza os carrinhos na frente dele, onde todos os colaboradores estão com máscaras
de proteção, que tem na entrada pias com sabonetes líquidos, álcool gel e toalhas de papel para higienização
das mãos.”
Além dessas questões, observa Fernando, é muito importante que o lojista invista na capacitação de
seus colaboradores. Com isso, eles poderão fazer com que “os check outs operam rápido, protegidos, com a
atenção que este cliente merece, inclusive oferecendo um antisséptico para suas mãos pois ele tocou em vários produtos dentro da loja, e se tem filas elas são sinalizadas para que cada cliente fique, no mínimo, a 1,5m de
distância do outro.” Fernando cita outro aliado importante nesse processo: a comunicação. Ele explica o que isso significa, que seria basicamente investir em “Informação nas mídias da empresa, que possa repassar e comunicar todas as ações que foram tomadas e que se repetem através de placas e cartazes dentro da loja.” Outra medida que deve ser agregada: “Se tiver algum colaborador que pertence aos grupos de risco, este deve ficar de quarentena, em sua residência, e até a quantidade de clientes por vez deve ser controlada respeitando a área interna da loja.”, explica o especialista.
Todas essas medidas e cuidados têm por objetivo assegurar ao cliente uma sensação de proteção e cuidado por parte do varejista. Mas, também é necessário “que a empresa cumpra mais do que o necessário para estar autorizada pelas autoridades sanitárias e que os colaboradores sejam devidamente protegidos.” Se o
supermercadista não agir com essa consciência sobre os efeitos da Covid-19, “o seu cliente vai escolher o concorrente que investe em proteção, que o faça se sentir bem acolhido e seguro.”, finaliza Fernando.