Um levantamento feito pela rede Serasa Experian e divulgado nesta semana apontou que o varejo brasileiro, em geral, teve um crescimento de 3,8% em seu faturamento. É o terceiro ano consecutivo de números positivos, que foram impactados pela pandemia da covid-19.
O indicador de atividade do comércio apontou um tímido crescimento de 2,9% em relação a 2022, totalizando cerca de 0,9% de aumento percentual. Em 2020, ano da pandemia da covid-19 e marcado pelo fechamento do comércio não essencial e aumento dos e-commerces, ficou com queda de 12,2%.
“O resultado do comércio em 2023 revelou um progresso superando os 0,9% de 2022, embora tenha ficado aquém da expansão de 4,9% observada em 2021. Este resultado positivo, mesmo diante das taxas de juros elevadas, é atribuído à concomitante redução da inflação e do desemprego”, afirmou Luiz Rabi, economista responsável da Serasa Experian.
O estudo da Serasa Experian foi realizado com 6 mil estabelecimentos comerciais de varejo físico, isso é, com lojas físicas. O relatório aponta destaque para as vendas de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, que ajudaram a venda do varejo físico com crescimento de 7,1%.
O setor supermercadista expandiu o crescimento em 2,0%, apontando uma tendência positiva para os super e hipermercados, serviços essenciais que foram mantidos abertos na pandemia. “A expansão econômica do setor e o aumento do poder de compra da população tem contribuído bastante para as nossas expectativas em 2024”, afirmou Fábio Queiroz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro.
Gastos menores com feriados
Segundo o relatório da Serasa Experian, o número de feriados em 2024 será algo a favor para o varejo brasileiro. O levantamento aponta que com parte considerável das datas caindo aos finais de semana, o impacto será menor.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo estima que o prejuízo gerado pelo fechamento das lojas em feriados chegará a R$ 27,92 bilhões em 2024, 4% a menos que em 2023, quando o rombo ficou em R$ 28,99 bilhões.
O presidente da Asserj, Fábio Queiroz, havia se pronunciado sobre o tema na semana passada, “Precisamos sempre reiterar a necessidade de estarmos de portas abertas, inclusive nos feriados. Somos uma parte essencial da sociedade e, portanto, é crucial que possamos reverter qualquer tentativa de fechamento dos supermercados e lutar para manter o equilíbrio no abastecimento das famílias”, pontuou.
Fonte: Asserj