O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira, 31, mais uma queda na taxa selic de juros, a quinta desde agosto de 2023, quando os números começaram a cair. Os juros estão em 11,25%, os menores desde março de 2022, quando chegou em 10,75%.
A redução foi de 0,5% em janeiro de 2024, e segundo o ‘O Globo‘ a decisão foi unânime. Outros dois cortes de 0,5% são aguardados em março e maio, o que pode fazer com que a taxa Selic atinja cerca de 10,25%.
Em nota, o Banco Central justificou o novo corte na taxa de juros devido ao que vem acontecendo no cenário monetário do Brasil, “A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, explicou.
Entretanto, o próprio Copom liga o alerta para o Brasil. Com o cenário internacional ainda volátil e discutindo novas flexibilizações em taxas de juros, a tendência é que continue o ritmo de desaceleração da inflação no ambiente externo.
Consumo respira
Principal preocupação do varejo em 2024, o consumo das famílias, sofrerá uma mudança considerável com a proximidade de datas importantes como o carnaval, a volta das férias escolares e a páscoa, ambientes favoráveis para os consumidores.
Com a queda de juros, o acesso ao crédito é mais amplo, o que faz com que famílias procurem consumir mais vezes, e fazendo crescer a procura por ofertas. O efeito não é imediato, mas aponta para uma tendência nas próximas semanas.
Segundo dados do IBGE, durante o terceiro trimestre de 2023, o consumo das famílias brasileira aumentou cerca de 1,1% diante da primeira queda nos juros, ocorrida em agosto. Nesta quinta-feira, 1, o novo salário mínimo, de R$ 1.412,00 começará a ser pago aos trabalhadores, registrando um aumento de 6,97% comparado ao valor anterior.
Enquanto os juros no cenário nacional caem, no Rio de Janeiro, a inflação cresceu acima da média brasileira, registrando uma alta de 0,65% frente ao crescimento de 0,56% a nível Brasil. É o quarto mês seguido que o Rio consolida esses números.
Fonte: Asserj