Conjunto de alimentos deverá ficar mais diversificado e saudável, estimulando a geração de renda para pequenos produtores rurais
O governo federal vai definir, nesta terça-feira (dia 5), a nova composição da cesta básica do brasileiro, que deverá ficar mais diversificada e saudável, estimulando a geração de renda para pequenos produtores rurais.
O decreto que trata do assunto será assinado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A elaboração da proposta foi conduzida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com órgãos e entidades federais que atuam na área de segurança alimentar e nutricional.
Com a nova composição, a cesta básica terá alimentos de dez grupos diferentes: feijões; cereais; raízes e tubérculos; legumes e verduras; frutas; castanhas e nozes; carnes e ovos; leites e queijos; açúcares, sal, óleo e gorduras; café, chá, mate e especiarias.
Com a medida, serão inseridos na conjunto de alimentos básicos mais produtos in natura ou minimamente processados.
O intuito é evitar a ingestão de alimentos ultraprocessados, que comprovadamente aumentam a possibilidade de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer.
Sempre que possível, segundo o decreto, deverão ser priorizados alimentos produzidos na mesma região em que serão consumidos e oriundos da agricultura familiar, com respeito à sazonalidade, à cultura e às tradições locais.
De acordo com o governo, a ideia é atender a quatro objetivos de desenvolvimento sustentável: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades; assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos; e assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
A assinatura do decreto ocorrerá durante a plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), no Palácio do Planalto, em Brasília.
Fonte: Extra