O tema da sustentabilidade em supermercados não é um assunto novo, mas o interesse do consumidor por produtos e empresas que colocam esse tema em prática vem se intensificando a ponto de influenciar sua decisão de compra. Segundo pesquisa da consultoria Bain & Company, divulgada no Infor Channel com 23 mil consumidores, 64% dos entrevistados demonstraram altos níveis de apoio às ações sustentáveis no varejo. Além disso, 50% apontaram que esse aspecto é um dos principais critérios de compra.
Outro dado interessante dessa pesquisa é que, em alguns países como Índia, Indonésia, Brasil e China, as pessoas estão dispostas a pagar entre 15% e 20% a mais pelos produtos chamados verdes.
Uma das inciativas com maior adesão dos consumidores e supermercadistas é a coleta de óleo de cozinha e de tampinhas plásticas. Para a reciclagem do óleo, as redes Vianense, Supermarket e Zona Sul instalaram displays coletores localizados na entrada das filiais. Assim, aumentam as chances de descarte ambientalmente correto do óleo de cozinha usado. Todo o volume arrecadado é recolhido por empresas especializadas e transformado em artigos mais sustentáveis. Podem ser produzidos sabão, biodiesel, tintas, resinas, adesivos e até massa para vidraceiro.
O descarte do óleo de cozinha usado não deve ser feito no ralo da pia, no vaso sanitário e nem com o lixo orgânico, pois esses destinos incorretos levam à contaminação dos mananciais aquáticos, do solo e da atmosfera.
Já as tampinhas coletadas são encaminhadas para entidades assistenciais que separam por cor, armazenam os pacotes e vendem o material. O valor arrecadado é repassado a instituições para a aquisição de mantimentos, ração animal, castração animal, alimentos para pessoas em situação de rua, e cadeiras de rodas.
No que diz respeito à redução do desperdício de alimentos, as redes com restaurantes aproveitam os produtos maduros de hortifruti em deliciosas receitas. A solução perfeita: boa para o cliente e rentável para o supermercadista.
Fonte: Asserj