Com cerca de 13 milhões de desempregados no Brasil, a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) em reduzir os juros básicos da economia, a taxa Selic, em 6% ao ano, após 16 meses do último corte, é vista com otimismo pelo presidente da AGOS-Associação Goiana de Supermercados, Gilberto Soares. “A inflação não dá sinais de perigo e a medida do Banco Central é um fôlego para continuarmos empreendendo, ampliando negócios e gerando empregos” diz Soares.  

A taxa Selic há 10 anos  chegou a  45% e agora a redução terá efeito positivo para a economia brasileira e consequentemente  para o  setor supermercadista, acredita o presidente da AGOS. “A classe empresarial estava  esperando  medidas efetivas que impactam na retomada da economia. Vários Bancos anunciaram que vão repassar a redução e o efeito chega também no comércio”, garante.  Segundo o economista da ABRAS-Associação Brasileira de Supermercados, Thiago Berka, a redução da Selic, vai beneficiar o setor supermercadista no sentido de reduzir as despesas financeiras e deixar os empresários mais confortáveis para investir, gerando mais postos de trabalho e renda.

FGTS

Outra medida positiva anunciada pelo Governo Federal, de acordo com a  avaliação de Gilberto Soares é a liberação dos saques de uma fração do FGTS. Segundo ele, o dinheiro deve impulsionar o consumo das famílias aumentando as vendas.  “Creio que boa parte do dinheiro será direcionada para compras de itens necessários na alimentação do dia a dia e o setor supermercadista sentirá os efeitos positivos nas vendas”, crê o presidente da AGOS. A projeção do Ministério da Economia é alcançar 96 milhões de trabalhadores e injetar R$ 30 bilhões na economia até 2020.