Em Economia, Notícias · 27 janeiro 2021

Fonte: Super Varejo

A pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen mostrou que as vendas no comércio eletrônico devem crescer 26% e atingir R$ 110 bilhões este ano. De acordo com o estudo, o desempenho das vendas pela internet será impulsionado pelo crescimento do número de consumidores, a consolidação dos e-commerces locais, o fortalecimento dos marketplaces e a logística mais ágil.

A pesquisa revelou também que 95% das pessoas pretendem continuar fazendo suas compras online, independe da vacina. “É uma tendência que veio para ficar. Estamos digitalizando muitos processos que antes eram totalmente físicos para garantir ainda mais conforto ao consumidor. Muitos varejistas físicos adotaram o Whatsapp como canal de compra, digitalizando uma compra que seria física. Grande parte do varejo também permite que se faça a compra por marketplace ou Whatsapp, e que a retirada seja por meio de drive-thru, o que também é confortável para o consumidor que quer retirar a compra de forma rápida”, explica Felipe Dellacqua, sócio e vice-presidente de vendas da VTEX, empresa que provê plataforma de e-commerce para um quarto das lojas virtuais do País.

Ou seja, para ele, os consumidores deverão continuar comprando online, mesmo que as vacinas remetam às pessoas a sensação de voltarem a ter uma vida normal e fazer suas compras nas lojas físicas. Neste aspecto, a Ebit/Nielsen projeta também uma alta de 16% no número de pedidos, que passariam para 225 milhões, e uma expansão de 9% no valor médio das vendas, que passaria para R$ 490. As categorias que mais devem se destacar nas vendas online, conforme a VTEX, serão as de alimentos e bebidas, bebês, casa e decoração, entre outros.

Somente no primeiro semestre de 2020, 7,3 milhões de consumidores ingressaram no e-commerce. É quase a mesma quantidade de novos brasileiros que passaram a fazer compras online no ano inteiro de 2019. Por isso, para Dellacqua, o faturamento do online em 2020 representou mais de 10% do total do varejo brasileiro. “No ano de 2019, fechamos com 4,5% e em 2020 mais que dobramos. Com as restrições do isolamento devido à pandemia, passou a existir abundância de consumidores navegando pelo canal digital e ficou muito mais fácil e barato capturá-los”, acrescenta.


Outro fator que acelerou o aumento de novos consumidores no mundo digital, segundo ele, foi o maior acesso da população à tecnologia 4G. “Temos mais de 50% da população brasileira com acesso ao 4G, enquanto a média de outros países é de 53%. Com previsão da implementação do 5G e com a internet mais rápida, a tendência é que a aceleração da tecnologia móvel impulsione bastante o comércio eletrônico em 2021“, completa.