Em Notícias · 05 junho 2020

Fonte: NovaVarejo


A NOVAREJO conversou com a diretora de Marketplace do Mercado Livre para entender o que há por trás da venda de itens de supermercado

A crise que atingiu todo o varejo – assim como vários outros setores da economia – também criou oportunidades. Prova disso é o Mercado Livre. O marketplace argentino é uma das empresas que se beneficiaram de uma demanda grande por compras online.

No primeiro trimestre desse ano, as vendas na plataforma cresceram 55% e ganharam pouco mais de 5 milhões de novos clientes. Mesmo diante do cenário desafiador, a empresa vai manter os investimentos de R$ 4 bilhões no Brasil em 2020, focando principalmente nas operações de logística.

Em maio, a maior plataforma de comércio eletrônico do Brasil passou a fazer a venda direta de produtos de supermercados. Até então, a plataforma vendia apenas produtos de outros lojistas e tinha espaços de marcas com lojas oficiais.

No mês seguinte do início da estratégia, a empresa colhe bons frutos e mantém expectativa de crescimento para segundo trimestre. A NOVAREJO conversou com Julia Rueff, diretora de Marketplace do Mercado Livre no Brasil para entender melhor o projeto do marketplace.

NOVAREJO: Como foi o processo para que o projeto de venda direta de produtos de supermercado fosse lançado antecipadamente por causa da crise do novo coronavírus?

Julia Rueff: A situação de pandemia criou práticas de consumo, e muitas delas devem se tornar hábitos, isto é, vieram para ficar.

O fato de as pessoas estarem mais em casa leva muitos à primeira compra online. A população passou a consumir e confiar no supermercado online como uma alternativa para se manter o distanciamento social: 20% dos novos compradores fizeram sua primeira compra nas categorias de bens de consumo e alimentos.

Isso nos fez acelerar nossos planos para fomentar a categoria de Supermercados e já criamos uma navegação para acessar esses itens na plataforma – primeiro passo para um projeto de longo prazo.

Essa é uma iniciativa que nos ajuda a elevar a frequência de compra dos nossos usuários e contribuir para o aumento da penetração do comércio online no varejo.

De 22 de março a 3 de maio de 2020 registramos a entrada de cinco milhões de novos compradores em diversas categorias em toda a América Latina, o que configura um aumento de 45% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. No Brasil, são mais de 2,6 milhões de novos compradores.