Vendas de Natal ficam 5,20% maiores
As vendas para o Natal de 2024 foram acima do esperado pelos lojistas pelotenses. Os últimos cinco dias antes do Natal foram de movimento intenso, segundo o levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas junto aos associados.
Neste Natal, as vendas foram 5,20% maiores do que em 2023. Segundo o presidente Renzo Antonioli, venderam mais os lojistas que estavam mais preparados, com estoques reforçados e promoções para agradar aos consumidores. Ao contrário de anos anteriores, o movimento da terça-feira foi muito grande. “Nos surpreendeu. Dezembro não tinha começado bem”, lembrou Antonioli. Já o domingo foi muito bom, segundo o presidente.
Este índice de vendas é considerado muito bom pelos lojistas e ajuda o setor a se recuperar das perdas trazidas pela enchente do mês de maio. Ajuda na parte financeira, para a reposição de estoques, no pagamento de dívidas e do 13º salário dos funcionários. E mais ainda, segundo Antonioli. “Ajuda que não precisem ir aos bancos buscar dinheiro”, lembrou.
No entanto, é preciso estarem preparados para enfrentarem os meses de janeiro e fevereiro do próximo ano, os dois piores sempre para muitos lojistas. Depois do Natal, o próximo período de incremento para as vendas vem entre os meses de fevereiro e março, com a volta às aulas, que movimenta papelarias e livrarias, mas também os setores de confecções e calçados.
Alguns lojistas reclamaram das vendas, mas eram aqueles mais despreparados para data. De modo geral, avalia o presidente do Sindilojas, houve um ganho para todos, inclusive cuidadores de carros e vendedores que costumam se instalar no calçadão, como os pipoqueiros e outros alimentos de consumo rápido, como os sorvetes, os churros e os crepes feito na hora.
Trocas garantem novo fluxo de clientes
Os dias que se seguem ao Natal são conhecidos com os dias da troca de presentes nas lojas. São consumidores que têm preferências diferentes de quem presenteou ou o tamanho não serviu, como o caso da dona de casa Maria Francisca dos Santos, que foi na quinta-feira (26) efetuar uma troca, com receio que acabasse o estoque na loja.
Segundo os lojistas, a manhã de quinta-feira foi de muitas trocas. À tarde, em razão de uma garoa fina que molhava tudo, poucas foram as substituições de presentes, até que o sol voltou. Hoje, é a semana das trocas, que podem se confundir com as do novo ano.
Para os lojistas, as trocas dos presentes são uma nova oportunidade de ter cliente dentro do estabelecimento ou até conquistar um novo. Muitas vezes, o cliente que vai fazer a troca, preferiu outro produto, pagando a diferença ou efetuando outra compra na loja. Pode ser um novo momento para o lojista. A enfermeira Santa Gertudres preferia outra cor e foi trocar.
Mas é bom observar que nem sempre é obrigação do lojista fazer a trocar. Se o produto tiver um defeito, aí sim, deve ser efetuada a substituição, cabendo ao consumidor a presença da nota de compra ou a etiqueta correspondente. Muitas lojas efetuam a troca por cor, modelo ou tamanho como cortesia para o cliente, como um modo de fidelizá-lo para futuras compras.
Segundo o Código de Direitos do Consumidor (CDC), é recomendável que o cliente se informe antecipadamente sobre a possibilidade. Caso o produto comprado apresente algum defeito ou problema, o fornecedor tem até 30 dias para solucionar. Se o reparo não for realizado no prazo, o consumidor pode optar pela troca do produto, devolução do dinheiro ou abatimento proporcional.
Se o produto for essencial ou se, em virtude da extensão do defeito apresentado, a substituição das partes danificadas comprometer as características fundamentais do produto ou diminuir o seu valor, é direito do consumidor a troca imediata ou a devolução do valor. Nas compras fora do estabelecimento comercial, como é o caso da internet, o consumidor pode desistir da compra. É o direito de arrependimento, que pode ser exercido em até sete dias.
Crescem compras em supermercados
Seguindo o fluxo de todos os finais de ano, as compras agora estão mais voltadas para a área de supermercados, com o abastecimento de carnes e bebidas para as festas da passagem para o Ano Novo. É a típica escolha de carnes, em busca daquelas com melhores preços, diante de uma variedade grande de cortes à disposição dos clientes.
Em busca de atrair mais consumidores, as redes sociais fazem uma ampla divulgação, o mesmo que ocorre com a distribuição de folderes junto às portas dos supermercados e na finalização das compras junto aos caixas. Até sábado (21), o movimento ainda era considerado moderado, com expectativa de crescimento a partir deste sábado (28).
Pelo acordo fechado entre representantes de patrões e empregados do setor, através de convenção coletiva de trabalho, os supermercados fecharão às 19h no dia 31, véspera do feriado de Ano Novo. Este é um setor, segundo o presidente do Sindicato do Comércio de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros), Helio Berneira, que se mantém bem, com investimentos de diferentes redes, inclusive com novas lojas.
Sobre as contratações de mão de obra, Berneira conta que elas ocorreram no final do ano, mas principalmente do Programa Jovem Aprendiz, já que faltam empregados qualificados para atender às lojas que estão no mercado.
Fonte: Jornal Tradição