Em Destaque · 28 junho 2021

Perfume e hidratante corporal apresentaram os melhores resultados de acordo com a Abihpec, entidade que reúne todas as indústrias do país

As vendas dos itens de higiene pessoal, perfumes e cosméticos subiram 5,7% entre janeiro e abril de 2021, ante o mesmo período do ano passado, de acordo com Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Perfumes e hidratantes foram os produtos que tiveram maior procura no período,

Os dados são ex-factory, quando se consideram o faturamento de fábrica, sem adição de impostos sobre vendas.

Apesar do resultado positivo, a entidade vê o momento com cautela. “Mesmo com uma tendência de aceleração da retomada da economia, o crescimento de 8,90% no INPC nos últimos doze meses é preocupante”, afirma João Carlos Basilio, presidente-executivo da Abihpec.

A falta de trabalho e o aumento da inflação também preocupam o setor, porque a população reduz as compras.

O segmento de perfumaria foi o que apresentou a melhor performance, atingindo alta de 22% em vendas ex-factory no primeiro quadrimestre, quando comparado com o mesmo período de 2020. O destaque fica por conta da perfumaria feminina, que teve um crescimento de 26% entre janeiro e abril deste ano ante mesmo período de 2020, contra 15% da perfumaria masculina.

Ações promocionais e datas comemorativas, como o Dia das Mães, contribuíram para impulsionar o consumo deste segmento no período, assim como a cultura brasileira de se perfumar como ato de promoção de bem-estar.

O setor de higiene pessoal segue com alta e fechou o primeiro quadrimestre com crescimento de 11,4% em vendas ex-factory.

Dentre as categorias que tiveram melhor desempenho estão as de produtos relacionados ao banho, hábito reforçado no dia a dia dos brasileiros, por conta da pandemia. No primeiro quadrimestre de 2021, a categoria de sabonetes obteve uma alta nas vendas de 23%; a de shampoos +2% e condicionador +1%.

Tratamento capilar segue em crescimento de dois dígitos com vendas em alta de 18%. A categoria lançou uma enorme diversidade de produtos, como aqueles destinados a controlar o frizz, hidratar, proporcionar maciez, auxiliar na prevenção dos danos cotidianos, além de melhorar a definição dos cachos.

Já consumo do álcool em gel nos quatro primeiros meses de 2021 se manteve estável em comparação ao mesmo período de 2020.

Na área de cosméticos, produtos para as unhas foram o grande destaque, com um crescimento de 8,7%, puxado por lançamentos de edições limitadas de esmaltes, que tiveram ampla divulgação, principalmente com ações nas redes sociais, com foco em grupos diversificados de consumidores.

A chegada do outono e do clima mais seco, associada à maior recorrência de banhos, também impulsionaram a categoria de produtos de cuidados com a pele com o corpo, com isso, os hidratantes corporais apresentaram um crescimento de 40% em vendas ex-factory.

Outra categoria de produtos que ganhou importante papel na pandemia foi a de cuidados com a pele do rosto, que se manteve estável no período. Os destaques foram os tônicos faciais, com crescimento de 23%; e os produtos antiacne, com alta de 28%, ambos em valor de vendas ex-factory.

“A máscara de proteção facial individual se tornou indispensável no dia a dia, e o uso frequente dela pode aumentar a oleosidade da pele e a formação de espinhas no rosto. O crescimento do consumo destes produtos pode estar relacionado a este movimento de uso de máscara de proteção facial”, explica Basilio, presidente-executivo da Abihpec.

Já o segmento de tissue, que contempla papel higiênico, toalha de papel multiuso e lenço de papel, apresentou queda de vendas ex-factory de (-17,9%), em função ainda do impacto nos preços praticados no varejo, da alta dos custos dos insumos, indexados em dólar.

Fonte: SuperHiper