Em Destaque · 02 setembro 2022

Considerada a “segunda quaresma” pelo varejo, ação apoiada pela Agos busca ampliar o consumo de peixe e movimentar economia

Estimular o consumo de produtos da pesca, atividade que envolve milhares de pessoas em todo o Brasil, é o foco principal da Semana do Pescado que chega à 19ª edição. Inicia no dia 1º de setembro e segue até o dia 15. Originalmente criada pelo extinto Ministério da Pesca, como campanha de incentivo às vendas, está sendo organizada atualmente pelo próprio setor produtivo, com apoio de diversas instituições, inclusive a Associação Goiana de Supermercados (Agos) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Se aumentamos a demanda, estimulamos a produção, geramos empregos, renda e riqueza para o Brasil, desenvolvendo o grande potencial produtivo que temos nas áreas da aquicultura e da pesca”, afirma o presidente da Agos, Gilberto Soares. E, segundo ele, o peixe de cultivo, que é a maior parte do produto comercializado nos supermercados, seguido pelos peixes de água doce – oriundos da bacia do Rio Amazonas, vendidos nos respectivos cortes como postas e filés, em embalagens de autosserviço, inspecionados pelos órgãos federal e estadual – cumpre uma série de protocolos antes de chegar à mesa da população.

“Uma das exigências é o Atestado Sanitário. Por conta de todo esse processo de rastreio da cadeia produtiva e das fiscalizações dos órgãos competentes, o peixe que chega à mesa do goiano é seguro e saudável, rico em proteína magra, fonte de energia e de nutrientes importantes para o organismo humano, como ômega-3, ferro, zinco, cálcio e vitaminas do complexo B”, assegura o gerente comercial da Friocenter Pescados, Deon Moreira. De acordo com ele, em 2021 notou-se um aumento de 30% nas vendas neste período, tornando a Semana do Pescado a segunda principal data para a comercialização, atrás apenas da Quaresma.

Produção e consumo de pescado

O Brasil se destaca por ser um grande produtor desta proteína animal, além de possuir uma diversidade de espécies aquáticas de água doce e água salgada. Além de peixes, o pescado reúne crustáceos (camarões), moluscos (ostras e mexilhões), anfíbios (rãs), répteis (jacaré e tartarugas), equinodermos (ouriços e pepinos-do-mar) e outros animais aquáticos usados na alimentação humana.

O pescado ainda pode ser produzido através da atividade agropecuária, conhecida também, como aquicultura. Hoje, o País ocupa a 15ª posição na produção de peixes de cultivo, e é o 8º na produção de peixes de água doce.

Goiás ocupa a 13ª posição no ranking nacional com uma produção de 15.306,1 toneladas, 6.252 estabelecimentos produtores espalhados em 176 municípios goianos. Niquelândia lidera o primeiro lugar e a tilápia representa 60% da produção aquícola do Estado, com 9.186,6 toneladas.

O pescado está presente em diversos pratos típicos das cinco regiões do Brasil, podendo ser preparado cru, frito, assado, ao molho, e elaborado com ingredientes locais e frescos, carregando a diversidade cultural brasileira.

Consumo

Na média, o consumo atual de pescado no Brasil atinge 10 kg/habitante/ano, ainda abaixo do recomendado, que são 12 quilos por habitante/ano e distante da média mundial de 20,2 quilos por habitante/ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU).