Em Destaque · 03 setembro 2021

De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), o pescado hoje representa 30% do consumo mundial anual de proteína animal, contra 23% dos suínos, 23% dos frangos, 13% dos bovinos e 11% de outras proteínas. E no Brasil, as exportações no setor cresceram 35% no primeiro semestre deste ano, com relação ao mesmo período de 2020. Ou seja, o setor do pescado vem crescendo cada vez mais, influenciado pelo aumento do preço das carnes vermelhas bovinas e dos reflexos do coronavírus na economia. 

Além disso, Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca e Aquicultura, e membro do comitê organizador da campanha da Semana do Pescado, lembra que a pandemia também vem transformando os hábitos alimentares e beneficiando alguns canais de comercialização do pescado. “O varejo foi privilegiado. As vendas subiram significativamente. Isso porque os restaurantes fecharam e também porque a proteína dos pescados não sofreu tantos aumentos em relação às outras proteínas, como carne e frango. Com as pessoas comendo em casa, a procura pelo pescado cresceu”, lembra. 

Junto a esse movimento está incluído a entrada de mais empresas do setor, o que repercute em um impacto direto em toda a cadeia, ao mesmo tempo em que contribuiu para a melhoria na qualidade dos produtos e na competitividade global.

Gregolin lembra também que as entidades que representam as indústrias de pescados estão mais maduras. “Isso ajuda num engajamento mais rápido, e, além disso, demonstra a dimensão e a importância que o pescado tem no mercado mundial. Estudos da FAO estimam que até 2030 devemos chegar a um consumo de 21,5 quilos por habitante ao ano contra 20,5 quilos atuais, ampliando ainda mais esse mercado”.

18ª edição da Semana do Pescado

Com o objetivo de democratizar o consumo de peixes no País, a 18ª edição da Semana do Pescado, que começou ontem (dia 1º de setembro) e seguirá até o dia 15, contará com o suporte de entidades e empresas parceiras para descentralizar as ações dos grandes centros de produção e o consumo de pescado em todas as cidades brasileiras. Os resultados de edições anteriores mostraram um aumento entre 30% e 50% nas vendas no varejo no período da campanha.

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Fonte: SuperVarejo