Diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, acaba de refazer suas previsões
O FMI indicou dias atrás que esperava que a inflação caísse a partir de meados de 2022, mas agora a instituição parece antecipar um fenômeno mais duradouro no mundo.
“Temos que estar muito atentos ao que está acontecendo com a inflação”, disse Georgieva em declarações ao canal CNBC, observando o aumento da demanda e os problemas de logística devido à escassez de mão de obra, principalmente de caminhoneiros.
“Isso inevitavelmente está causando pressão sobre os preços e esperamos que essa pressão continue até meados do próximo ano, talvez até o final de 2022”, acrescentou.
Até agora, o Fundo considerou a alta inflação um fenômeno transitório, vinculado à recuperação global da recessão histórica em 2020 devido à pandemia de Covid-19.
Esta análise é compartilhada por muitos economistas, mas há preocupações crescentes devido ao aumento dos preços da energia.
Em 17 de outubro, Georgieva indicou que ainda havia consenso entre os especialistas em finanças de que “nas economias avançadas, a inflação é temporária”, durante um seminário virtual que reuniu governadores de bancos centrais.
Os formuladores de políticas “têm as ferramentas” para remediar a inflação que eventualmente desapareceria, acrescentou. “Estamos muito familiarizados com essas ferramentas e como podem ser implementadas.”
O FMI então estimou que haveria um pico nos últimos meses de 2021, tanto nos países avançados quanto nos emergentes, antes de se estabilizar em meados do próximo ano.
Georgieva fez os comentários quando o Banco Central Europeu (BCE) realizou uma reunião monetária na quinta-feira. As reuniões dos bancos centrais dos Estados Unidos (Federal Reserve, Fed) e do Reino Unido (Bank of England, BoE) vão ocorrer na próxima semana.
Fonte: AFP