Em 2021, Brasil colheu 47,7 milhões de sacas do grão
O preço do cafezinho vai se manter em alta até março. Esta é a previsão da indústria do setor. Depois de acumular mais de 50% de reajuste no ano passado, o café tem pela frente os efeitos climáticos, a safra menor e o dólar alto.
Foi uma combinação de tirar o sono. “Esse conjunto seca-geada e seca é a primeira vez que a gente está tendo que lidar”, disse o agricultor Luiz Eduardo de Bovi. No café, os agricultores sabem que as plantas produzem mais em um ano e menos no ciclo seguinte. Em 2021, a menor produção se uniu aos problemas no clima e a alta no dólar. O adubo importado ficou mais caro.
O Brasil colheu, em 2021, 47,7 milhões de sacas de café. A safra foi 24,4% menor. A queda na produção contribuiu para o aumento de 50% nos preços da bebida no mercado interno. Meio quilo de café, entre as marcas mais consumidas hoje, variam entre R$ 14,00 e R$ 20,00. Um sabor amargo para consumidores, como a designer Carla Monteiro.
“Realmente é um impacto porque tudo subiu. Não foi só o café. Foi mais um produto na verdade”, pontuou. A indústria do café diz que ainda é cedo para estimar a produção da nova safra. Há previsões de estabilidade e de uma pequena alta. O que se sabe é que os preços não devem ceder por enquanto.
“Vai haver um aumento ainda até março, para que tenha assim em equilíbrio, e a partir daí, dependo da produção que a gente vai ter a expectativa”, disse Celírio Inácio, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ele acrescentou que o setor está torcendo para o preço pelo menos ficar da forma como está.
Fonte: SBT News