Levantamento realizado pela GS Ciência do Consumo analisou 25 milhões de transações da data natalina nos últimos dois anos
Com a inflação em alta e a prevenção a lugares públicos lotados, há um novo perfil de consumidor que irá antecipar as compras da ceia de Natal. A conclusão é da GS Ciência do Consumo, empresa de inteligência, que analisou 25 milhões de transações da data natalina nos últimos dois anos. Segundo a pesquisa, houve uma redução de 10% de faturamento compras no varejo nos dias que antecederam a data de 25 de dezembro.
“Isso mostra que o brasileiro está aprendendo a não deixar as compras para última hora em busca de ofertas. Além disso, ele quer mais segurança e evitar supermercados muito cheios”, explica Thiago Simonato, CEO da GS Ciência do Consumo.
Os dados analisados correspondem às transações durante a véspera de Natal de 2020, em comparação com o mesmo período em 2019. A decisão de antecipar as compras da ceia natalina é uma das quatro tendências apontadas pela pesquisa, com perspectivas positivas para as festas de fim ano que devem contar com mais encontros presenciais e reuniões familiares, devido ao avanço da vacinação e redução dos casos da Covid-19.
“Embora haja o efeito da inflação impactando no aumento dos preços de produtos básicos de consumo, como carnes, café, arroz, feijão, óleo, entre outros, o retorno das celebrações e encontros típicos da data apontam para um crescimento positivo das vendas”, ressalta Simonato.
Veja mais detalhes sobre as quatro principais tendências que o varejista deve ficar atento, segundo a pesquisa:
Prolongue o tempo de ofertas da cesta de Natal
Foi-se o tempo que o brasileiro deixava as compras da ceia para última hora. A uma semana do Natal, o varejista deve já apresentar ofertas atrativas dos produtos que compõem a cesta típica, com destaque para: bebidas, carnes e ingredientes de preparo (batata palha, farofa, azeitona, leite condensado, creme de leite, palmito, maionese). As três categorias representaram 50% do faturamento tanto no Natal do ano passado como em 2019.
Reforce o estoque de descartáveis
No Natal do ano passado, o uso de guardanapos, pratos e copos descartáveis foi reduzido, em razão do menor número de pessoas em encontros familiares e festas. A previsão do estudo é de que a categoria volte aos patamares de vendas anteriores à pandemia, com faturamento de 19% (2019).
“Essa categoria está ligada aos encontros com mais pessoas, pois traz praticidade no servir. Com o maior número de pessoas vacinadas, as famílias se sentirão mais à vontade para fazer reuniões maiores e a compra de descartáveis deve aumentar”, avalia Simonato.
Aposte em descontos para aves especiais
Com a alta da carne bovina, varejistas devem investir em descontos para aves típicas da ceia natalina. O chester e o peru devem contar com preços atrativos para se tornarem a preferência do consumidor. “Com base no ticket médio e quantidade de itens, levados pelo shopper, acreditamos que as aves especiais devem garantir um melhor faturamento do que outras proteínas durante este período”, pontua Simonato.
Foque na comunicação com os fidelizados
A pesquisa aponta ainda que clientes fidelizados apresentam mais que o dobro de ticket médio e maior quantidade de itens no carrinho na compra da cesta de Natal. “Analisando a quinzena e os dias de véspera da data natalina, a cesta especial representa +20% e +26%, respectivamente, do faturamento total do período, tanto em 2019 quanto em 2020, validando sua importância para a data.
Segundo Simonato, os números evidenciam que as compras dos clientes fidelizados serão fundamentais para o alto faturamento natalino. “Invista na comunicação eficiente, e se possível, personalizada”, sugere.
Para ter acesso a mais informações sobre varejo e tendências do setor, acesse a seção GS Papers.
Fonte: SuperHiper