Com a queda do poder de compra dos brasileiros, redes apostam em atacarejos pela oferta de preços mais baixos e em mercados de bairros pela conveniência
Com as crises que atingiram o Brasil nos últimos 10 anos, incluindo a provocada pela covid-19, as grandes redes de supermercados do país estão mudando suas estratégias para crescer num cenário de retomada lenta da economia.
Entre as apostas para expansão estão os atacarejos e os mercados de bairros.
Na quinta-feira (14), por exemplo, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) fechou a venda de 71 pontos comerciais da bandeira Extra Hiper para o Assaí e anunciou que deixará de operar com o modelo de hipermercado no Brasil.
Segundo Jorge Faiçal, CEO do GPA, a saída do segmento de hipermercado vai intensificar o foco e a aceleração da expansão dos negócios de maior rentabilidade da companhia “por meio dos segmentos premium e de proximidade”, por meio das bandeiras Pão de Açúcar, Minuto e Mercado Extra.
O Assaí abriu 150 lojas na última década, sendo 25 conversões de unidades do Extra Hiper.
O Carrefour Brasil também entrou no segmento de atacarejos, ao comprar 30 lojas da rede Makro no Brasil em 2020 por R$ 1,95 bilhão.
No entanto, em junho deste ano, a companhia afirmou que 28 das 29 lojas foram convertidas para sua bandeira de atacarejo Atacadão e que a restante foi reformada para servir de “atacado de entrega pelo Atacadão”.
O Carrefour também anunciou em fevereiro acordo para compra da totalidade das ações do Grupo Big Brasil (ex-Walmart Brasil) por R$ 7,5 bilhões.
Em comunicado, a rede de origem francesa disse que a aquisição do Grupo BIG “expandirá a presença do Carrefour Brasil em regiões onde tem penetração limitada, como o Nordeste e Sul do país, e que oferecem forte potencial de crescimento”.
Com a aquisição, o Carrefour Brasil passará a administrar a bandeira Sam’s Club, através de um contrato de licenciamento com o Walmart.
Fonte: Brasil Norte Comunicação