Em Destaque · 06 março 2025

Reunião nesta quinta-feira (6) terá representantes de carnes, óleo, açúcar e supermercados

O governo Lula convidou quatro setores produtivos para discutir, nesta quinta-feira (6), medidas contra a alta no preço dos alimentos. Participam da reunião representantes de carnes, óleo, açúcar e supermercados. O encontro está marcado para 15h.

Antes do encontro com os representantes dos quatro setores, às 9h30, o vice-presidente Geraldo Alckmin — também à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) — comanda uma reunião com diversos ministérios (Casa Civil, Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Agrário).

Os setores apresentarão suas sugestões para baratear os alimentos. Depois de um pente-fino, as propostas serão levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima semana.

Entre as entidades que participam da reunião nesta quinta-feira estão a Associação Brasileira de Proteína Animal (APBA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e a União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio).

Como mostrou a CNN, o presidente deverá receber um relato detalhado da primeira rodada de encontros e conduzir ele próprio, no Palácio do Planalto, novos encontros com ministros e auxiliares próximos.

O roteiro de reuniões com as entidades do agro foi definido na semana passada por ministros que se encontraram com Lula para debater o assunto.

Segundo relatos feitos à CNN, Lula descartou a adoção de “medidas heterodoxas” para conter o preço dos alimentos, como a criação de cotas para exportação — com volumes máximos que, se excedidos, ficariam sujeitos à cobrança de imposto.

Uma das sugestões a serem apresentadas pelos setores produtivos é a flexibilização das regras atuais do Bolsa Família.

Os frigoríficos, por exemplo, têm relatado dificuldade na contratação de mão de obra e afirma que as vagas abertas pela indústria de carnes não são totalmente preenchidas.

Uma ideia é permitir que novos empregados inscritos no Cadastro Único dos programas sociais (CadUnico) não tenham nenhuma perda — nem mesmo parcial — dos benefícios recebidos.

Assim, a indústria acredita que pode ter menos dificuldade para ocupar postos de trabalho oferecidos e diminuir preços no médio prazo.

Fonte: CNN