Em Destaque · 17 fevereiro 2025

Esse resultado foi responsável pela inflação acumulada em 12 meses

A queda do dólar impactou diretamente os preços no varejo alimentar e levou à primeira desaceleração da alta desde maio de 2024. Segundo a Scanntech, plataforma de inteligência de dados, o preço médio dos produtos no canal alimentar avançou 5,8% em 12 meses, abaixo dos 7,6% registrados em dezembro de 2024.

Essa mudança refletiu especialmente na mercearia básica, onde diversas categorias – como arroz, feijão e leite – chegaram a apresentar recuo nos preços em relação a dezembro. No curto prazo, as categorias de mercearia básica, apenas café e açúcar mantiveram a trajetória de alta.

Apesar desse alívio nos preços, a inflação acumulada em 12 meses no setor ainda foi a principal responsável pelo crescimento de 6,6% no faturamento do varejo alimentar em janeiro contra janeiro de 2024. Mesmo com crescimento nas vendas unitárias na ordem de 0,8%, o volume de produtos comercializados apresentou retração de -0,9%, com vendas de embalagens menores do que no ano passado.

“A desaceleração do preço médio é algo que não víamos desde maio de 2024. O impacto da queda do dólar aparece em diversas categorias, especialmente nas da mercearia básica, com diminuição de preços em relação a dezembro. Ainda assim, é preciso acompanhar como esse movimento vai evoluir nos próximos meses e qual será o reflexo nas decisões de compra e no comportamento do varejo”, destaca Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.

Perecíveis impulsionam o varejo alimentar

Entre as cestas de produtos, perecíveis foram os que mais contribuíram para o crescimento do setor em janeiro/25. A cesta avançou 8,3% em faturamento, impulsionada pelo aumento de 6,1% nos preços no acumulado de 12 meses e pelo crescimento de 2,2% nas vendas unitárias. Destaque para frango, ovo e queijo, que puxaram esse avanço.

Regionalmente, a região Sul foi a que mais se destacou, com o maior crescimento em unidades vendidas e o menor aumento de preços (4,9%). Em sentido oposto, a região Norte teve os maiores reajustes de preço e a maior retração nas vendas unitárias.

Fonte: SuperVarejo