O Consumo nos Lares Brasileiros manteve a trajetória de crescimento e encerrou o primeiro bimestre em alta de 1,44%, de acordo com o monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS.
Neste período, recursos advindos do reajuste do salário-mínimo, a manutenção do valor de R$ 600,00 do programa de transferência de renda, bem como dos números de beneficiários, o pagamento do auxílio-gás (fevereiro), a menor pressão inflacionária nos preços dos alimentos contribuíram para um consumo positivo, mas moderado.
Por outro lado, na comparação fevereiro ante janeiro houve recuo de -2%. “A queda no consumo se deve ao efeito calendário, ou seja, um menor número de dias em fevereiro quando comparado ao mês anterior”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
Na comparação fevereiro de 2023 x fevereiro de 2022 o consumo registra alta de 0,95%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o levantamento contempla todos os formatos e canais de venda operados pelos supermercados.
Para este primeiro trimestre, o reajuste do salário-mínimo (+7,42%) para mais de 60 milhões de pessoas, a manutenção do pagamento de R$ 600,00 do Bolsa Família, o auxílio-gás no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos pago em fevereiro, o resgate do PIS/PASEP (de fevereiro a dezembro) e o pagamento a partir de 20 de março de R$ 150,00 por criança de até seis anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda devem sustentar o consumo nos lares.
Outros recursos anunciados ou em análise pelo governo federal tendem a ser direcionados para o consumo de alimentos, como a revisão e ampliação das bolsas da área da educação, o reajuste dos servidores civis do Poder Executivo e o novo reajuste do salário-mínimo a partir de 1º de maio.
Para 2023, a entidade projeta inicialmente um crescimento de 2,5% do Consumo nos Lares.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABRAS