Em Destaque · 05 janeiro 2023

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 1,2 ponto em dezembro após três meses de quedas consecutivas

Após três meses em queda, a confiança da indústria melhorou em dezembro, mas não foi suficiente para recuperar as perdas sofridas no ano. Parte da indústria sofreu com problemas de insumos, e outra com redução de demanda levando a um aumento dos estoques em 2022. O resultado de dezembro mostra uma melhora da situação atual influenciada por ligeiro aumento na demanda e melhora dos estoques. Apesar da melhora pontual, o nível de confiança segue baixo em todas as categorias de uso e na maior parte dos segmentos.

“Em relação às percepções de futuro, os empresários seguem cautelosos quanto às contratações possivelmente influenciados por um cenário de desaceleração econômica e política monetária contracionista.” comenta Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Em dezembro, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) cresceu 2,0 pontos, para 93,8 pontos. O Índice de Expectativas (IE) acomodou-se ao variar 0,2 ponto para 92,8 pontos. O indicador que mede a situação atual dos negócios foi o que mais influenciou ao subir 2,8 pontos para 92,5 pontos, o resultado reflete uma percepção de ligeira melhora da demanda e redução dos estoques no período com altas de 0,6 e 2,3 pontos, para 92,1 e 102,5 pontos, respectivamente.

Entre os quesitos que medem as expectativas, apesar de um aumento do otimismo em relação à produção há uma piora do cenário de emprego no setor: o indicador que mede as perspectivas sobre emprego piorou pelo quarto mês consecutivo ao cair 4,2 pontos para 95,1 pontos, menor patamar desde julho de 2020 (93,0 pontos). O indicador se mantém abaixo dos 100 pontos, o que sinaliza uma desaceleração das contratações nos próximos meses. Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses subiu 3,0 pontos para 94,1 pontos e se mantém distante do nível de neutralidade. No horizonte de seis meses, a tendência dos negócios subiu 1,7 ponto para 89,5 pontos, mas não recupera as perdas sofridas no mês anterior se mantendo abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria cedeu 0,2 ponto, para 79,6% pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).

Fonte: SuperHiper