Em Destaque · 11 maio 2022

Em 12 meses, desempenho é irregular entre os setores. Vestuário cresce, móveis e eletrodomésticos cai

O volume de vendas no comércio cresceu 1% de fevereiro para março, segundo informou nesta terça (10) o IBGE. Os dados mostram diminuição de ritmo em relação aos dois primeiros meses do ano. Com isso, o setor fechou o primeiro trimestre em alta de 1,3%, somando 1,9% em 12 meses. O chamado varejo ampliado subiu 0,7% no mês, 1,1% no trimestre e 4,4% em um ano – esse segmento inclui automóveis, peças e material de construção.

No mês, segundo o instituto, as vendas no comércio avançaram em seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para equipamentos e material para escritório informática e comunicação (13,9%). De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, houve contribuição das lojas de departamentos. “As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e Norte, mas em todo o país”, afirmou.

Vestuário e supermercados

Alguns setores com resultado positivo ficaram próximos da estabilidade, como móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%). Já o segmento que concentra hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou (-0,2%), além da atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).

Na comparação com março de 2021 (4%), um destaque foi tecidos, vestuário e calçados, com alta de 81,3%. Foi responsável por 3 pontos percentuais na taxa geral. Já hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu -3,4%, o que pode indicar reflexo da inflação elevada. Com o varejo ampliado, as vendas crescem 4,5%, sendo 7,3% na área de automóveis e 1,2% em material de construção.

No acumulado em 12 meses, o desempenho é irregular. As vendas no varejo têm alta de 23,5% em tecidos, vestuário e calçados, por exemplo, e caem 8,7% no segmento de móveis e eletrodomésticos. Segundo o IBGE, o varejo também cresce em artigos farmacêuticos (9%) e na área de veículos e peças (15,8%), mas recua em material de construção (-1%) e hiper/supermercados (-2,3%).

Fonte: Rede Brasil Atual