O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta terça-feira (5) com recuo de 4,22%, o equivalente a mais de 800 pontos, nas principais referências na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Com a queda, os contratos voltam a ser negociados abaixo de 200 centavos de dólar por libra-peso.
Dezembro/21 teve queda de 845 pontos, valendo 191,90 cents/lbp, março/22 teve queda de 840 pontos, cotado a 194,85 cents/lbp, maio/22 teve queda de 840 pontos, valendo 196 cents/lbp e julho/22 registrou queda de 835 pontos, valendo 196,55 cents/lbp.
“A longa liquidação nos contratos futuros de café pesou sobre os preços depois que as chuvas do fim de semana em Minas Gerais aliviaram as preocupações com a safra de café no Brasil”, destacou a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, as chuvas começam a chegar no parque cafeeiro, mas ainda de forma muito tímida e sem levar grande alívio à seca prolongada. De acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, até o final deste mês, se espera um mercado de preços firmes para o café, sobretudo pela oferta mais restrita do maior produtor e exportador de café do mundo. A volatilidade intensa, no entanto, não está descartada.
Além do Brasil, o avanço da produção e exportação de arábica da Colômbia ajudaram a pressionar o mercado. A produção no mês passado ultrapassou 1,2 milhões de sacas de 60kg – 22% a mais que as 995 mil sacas registradas no mesmo período em 2020.
As exportações colombianas também registraram expressivo avanço no mês passado. Segundo a FNC, em linha com a produção, os embarques cresceram 23% em setembro para quase 1,1 milhão de sacas de 60 kg de café verde, ante 887.000 sacas exportadas no mesmo mês de 2020.
Fonte: Notícias Agrícolas