Um levantamento realizado pelo Procon Recife mostrou uma variação de preço de 213,63%, no panetone gotas chocolate
A ceia de Natal desse ano vai estar mais salgada. É o que apontam os levantamentos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e de unidades do Procon, em cidades brasileiras. Segundo a Fipe, o preço dos produtos da Cesta de Natal mostra aumento de 8,53% em 2022, chegando custar R$ 375,96.
De acordo com a Abras, o preço médio de uma cesta de Natal disparou 9,8% desde o ano passado, com um custo de R$ 294,75. Um levantamento realizado pelo Procon Recife mostrou uma variação de preço de 213,63%, no panetone gotas chocolate, por exemplo.
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O economista Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, revela que a expectativa dos supermercadistas para o período é positiva, mesmo diante dos aumentos. Já educadora financeira Aline Soaper, especialista em finanças pessoais, ensina como economizar na ceia de Natal.
“Entre setembro e dezembro tivemos a deflação de alguns itens, por isso os supermercadistas esperam vender mais no Natal desse ano, do que no ano passado. A Abras também divulgou que 22% dos supermercadistas projetam o mesmo patamar de vendas de 2021. Apenas 7% estão pessimistas. Essa positividade está relacionada ao aumento do consumo de carnes, previsto em 11,2%. Além disso, também tem o aumento no consumo das aves natalinas e do bacalhau, carnes bovinas, lombo e outros peixes que também devem alavancar o faturamento”, explica o economista Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados.
Segundo Abras, Sudeste tem as maiores variações de preços
De acordo com Leandro Rosadas, o levantamento da Abras calculou os valores dos seguintes itens: aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender. Sendo as maiores variações de preços nas regiões Sudeste (17%), Sul (12,7%) e Nordeste (12,6%), enquanto Centro-Oeste e Norte subiram 5,2% e 3,1%, respectivamente. A pesquisa divulgada pela Associação, realizou o cálculo com base na 35 produtos de amplo consumo, que inclui alimentos básicos como: leite, feijão, óleo de soja, arroz, café, entre outros. Os produtos com maior aumento no preço foram o tomate (17,79%), a cebola (13,79%), a batata (8,99%) e a farinha de mandioca (5,69%).
Levantamento da Fipe mostra que uva é itens que mais aumentou
Já o levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), segundo o economista, foi realizado com base nos dados da segunda quadrissemana de dezembro de 2021 e da quarta quadrissemana de novembro de 2022. E analisou o preço de itens mais tradicionais, como chester, peru e lombo. Os preços do peru e chester foram estimados, pois grande parte dos estabelecimentos ainda não possuírem os itens nas gôndolas. O produto da cesta de Natal que mais encareceu, segundo a Fipe, foi o panetone de frutas cristalizadas (16,28%), seguido do peru (15,22%), palmito inteiro (14,79%), atum sólido (13,94%) e champagne (13,56%). Outros itens tradicionais do Natal, consumidos durante a ceia, também ficaram mais caros: a uva (49,15%), a farofa (31,40%), o morango (24,67%), o bacalhau (15,66%) e chester (13,90%) foram os mais afetados pela inflação, na comparação com 2021.
Fonte: IG