Com a alta dos preços dos alimentos, o brasileiro tem ido cada vez menos ao mercado.
É o que aponta a pesquisa da Abras – Associação Brasileira de Supermercados sobre o Consumo nos Lares Brasileiros, referente ao 1º trimestre de 2022, divulgada nesta quinta-feira (12).
De acordo com o vice-presidente da Associação, Márcio Milan, com uma renda mais restrita, o brasileiro também tem trocado os produtos por marcas mais baratas e limitado as compras de alimentos.
Com a inflação batendo 12,13% em 12 meses, está difícil ir às compras. É o que afirma a diarista Francisca Jansen.
Para o economista Guidborgongne da Silva, conselheiro da Regional de Economia do Distrito Federal, a queda no poder de compra na hora de ir ao mercado é porque a renda do brasileiro caiu, decorrente da ausência de reposição inflacionária nos salários da maioria dos trabalhadores.
Ele explica que nesse contexto, os supermercados estão procurando ofertar produtos básicos e diminuindo a oferta de produtos mais caros. Segundo o economista a tendência é que esse cenário continue nos próximos meses.
A pesquisa revelou ainda que a alta do óleo diesel acumulada em 53,58% em 12 meses, teve impactou direto nos preços dos alimentos.
De acordo com a Abras, a cesta de compras subiu 15,45% em 1 ano. Chegando em média a R$ 736,34. A maior alta foi no Sul do país; chegou a R$ 814,48. E o menor valor foi encontrado no Nordeste, de R$ 665,66.
O tomate foi um dos vilões, o preço subiu no último ano 122,68%.
O Leite Longa vida acumulou alta de 16,91%, o óleo de Soja 25%, e o ovo 20,11%.
Já o açúcar apresentou queda, de 13,25%, nos últimos 12 meses.
Fonte: Agência Brasil