Em Destaque · 01 junho 2022

Fabricantes reduzem volumes e quantidades dos produtos, mas não abaixam os preços

Sabão que não é mais de 1 kg ou achocolatado em pó com menos de 400 gramas, tudo praticamente pelo mesmo preço. Ao mesmo tempo que as cestas de compras dos consumidores diminuem, alguns produtos também estão encolhendo.

O fenômeno, conhecido como reduflação, não é novo, mas acelerou desde o último semestre de 2021 com a alta da inflação no Brasil.

No ano passado, por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como indicador oficial da inflação do país, fechou em 10,06%. Neste ano, o acumulado dos últimos 12 meses (até abril) já é de 12,13%.

O economista e professor da SBS School, Ulysses Reis, explica que o fenômeno (conhecido como ‘shrinkflation’, em inglês) “se tornou uma forma de mascarar a inflação” a partir de 2019. No início do século XX, essa redução era utilizada como uma forma de se adequar aos perfis das famílias, que estavam diminuindo.Em vez de subir o preço do produto, as empresas estão usando uma estratégia para manter esse produto na prateleira dos mercados. O cliente tem uma impressão de que não houve um aumento grande de preço, mas o volume diminuiu, então, no fim das contas, houve um pequeno aumento no valor”. ULYSSES REISeconomista

Entre a lista dos produtos que sofreram esse encolhimento estão o de consumo habitual, como alimentos e itens de limpeza. A reportagem do Diário do Nordeste fez uma pesquisa para averiguar quais os principais que tiveram mudança. 

Fonte: Diário do Nordeste