Com a alta de 11,8% no preço médio da cesta de consumo massivo entre janeiro e setembro em comparação ao mesmo período de 2020, brasileiros têm adotado estratégias para conseguir manter sua lista de compras. De acordo com acordo com relatório Consumer Insights, da consultoria Kantar, os consumidores têm optado por embalagens maiores de produtos de limpeza e menores nos alimentos perecíveis.
O estudo da Kantar aponta que, por conta do aumento dos preços, os consumidores diminuíram a frequência de idas aos postos de venda (-2,1%) e também na quantidade de itens por viagem realizada (-1,8%), na comparação do período de janeiro a setembro 2021 com o mesmo período de 2020. Por outro lado, houve um aumento no valor comprado menor do que o dos preços, da ordem de 9,7% nesse mesmo intervalo.
A cesta de limpeza teve aumento de 2% em toneladas e se manteve estável (-1%) em unidades. A economia está no preço médio. Com a inflação de 9% no valor das embalagens pequenas em 12 meses encerrados em setembro, consumidores têm optado por unidades com volume maior. Já que os itens deste grupo sofreram um aumento menor, 6% no mesmo período.
Nas prateleiras de perecíveis a estratégia tem sido a inversa. A categoria teve aumento de 19% tanto para as embalagens menores quanto para as maiores. Diante desse cenário, os brasileiros têm optado por embalagens menores, desembolsando um valor menor. Esse comportamento fez com que a cesta de produtos da categoria caísse 2% em toneladas e aumentasse em 2% nas unidades comercializadas.
A racionalização também acontece muito forte na cesta de mercearia doce, com o consumo de embalagens grandes caindo 4% por conta de um repasse de preço de 14%, enquanto as embalagens menores tiveram aumento de preço de 9%. Os destaques positivos nestas cestas foram frango, leite fermentado, pães industrializados e empanados. Já biscoitos e leite condensado registraram desempenho negativo.
Fonte: Yahoo! Finanças