73% dos consumidores globais estariam dispostos a mudar os seus hábitos de compra para reduzir o impacto ambiental, quase 78% dos investidores acreditam que a sustentabilidade é mais importante do que há cinco anos e 75% dos trabalhadores entre os 18 e os 34 anos esperam que os seus empregadores tenham uma atitude respeitosa no que diz respeito às alterações climáticas. Estes dados refletem a forma como algumas prioridades mudaram ao longo dos últimos anos e o fizeram de forma significativa após a pandemia.
A revolução da sustentabilidade está a chegar mais depressa do que muitas empresas esperavam e está a expandir-se para incluir um leque mais alargado de questões ambientais e sociais. Estas são algumas das conclusões do mais recente estudo da consultora estratégica Bain & Company, que sublinha que a mudança de prioridades implica que os retornos historicamente elevados serão reduzidos em alguns sectores, enquanto oportunidades de milhares de milhões de dólares são abertas noutros. Tal como no domínio digital, o ritmo e a disrupção serão diferentes para cada indústria, mas a tendência é irreversível e está a atingir um ponto de viragem.
Objetivos de sustentabilidade
A maioria dos executivos apoia agora objetivos de sustentabilidade e fizeram alguns progressos. Até 36% dos executivos consultados para este estudo consideram que a crise gerada pela Covid19 aumentou a importância da sustentabilidade para a sua empresa. No entanto, a taxa de sucesso global das iniciativas que foram desenvolvidas para aumentar a sustentabilidade no ambiente de negócios é muito baixa e mantém-se nos 4%.
Esta mudança de prioridades acontece, como salienta a consultora, num contexto em que o consumo global cresceu maciçamente, enquanto muitos dos recursos mundiais permanecem fixos e finitos ou apenas parcialmente renováveis. Em algumas áreas, o consumo está a ultrapassar a capacidade de abastecimento sustentável – o marisco é um bom exemplo. As consequências negativas da atividade empresarial são cada vez mais mensuráveis e visíveis. Hoje, sublinha a Bain & Company, novos modelos de negócio sustentáveis em alguns sectores estão a ajudar as empresas a superar os seus concorrentes.
Fonte: Grande Consumo