Apesar do aumento na produção de energia, o custo da conta de luz seguirá escalada de preços e decisão impacta setores do mercado livre brasileiro
Cerca de um mês após o anúncio das mudanças no mercado livre de energia, um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mostrou que embora a oferta de energia aumente nos próximos anos, o custo impedirá a queda dos preços.
Desde janeiro de 2024, o mercado livre de energia, onde se é permitido a contratação de fornecimento de energia e de distribuidoras com outros serviços sem as tradicionais concessionárias, tem sido cada vez mais procurado por redes de supermercados.
Segundo dados da Aneel, um comércio de médio porte consegue economizar até 40% do seu custo de energia com a troca das distribuidoras convencionais pelas cadastradas no mercado livre. Redes de supermercados como o Princesa, já apontam uma redução de 15% de seu custo médio desde a adesão a essa modalidade.
A Aneel apontou que mais de 3 mil empresas procuraram a agência para realizarem essa troca, e são esperadas cerca de 10 mil solicitações até o final do verão, estação do ano onde, tradicionalmente, o custo de energia aumenta.
Na prática, empresas com custo médio de luz acima de R$ 10 mil podem fazer o pedido de troca. Antes, apenas industriais e comércios com mais de R$ 50 mil em custo de luz podiam solicitar a alteração da sua modalidade.
“Caso os consumidores optem por escolher de quem comprar sua energia, têm a oportunidade de negociar valores, prazos, o tipo da fonte (como renovável) etc. A boa notícia é que é possível obter reduções de 10 a 20% dos gastos com energia elétrica“, afirmou o professor Carlos Aparecido, do Departamento de Engenharia Elétrica da UERJ.
Fonte: Asserj