Em Destaque · 15 junho 2022

Estudo mostra que internet é vista como forma de economizar nas compras, mas qualidade na escolha dos produtos estimula ida aos pontos de venda

Um estudo divulgado pelo FMI – The Food Industry Association mostra que o aumento da inflação tem feito com que os consumidores estejam mais preocupados com a possibilidade de ficarem sem os produtos que buscam. Segundo o levantamento, 85% dos entrevistados estão temerosos com o acesso aos alimentos, 53% sentiram aumento de preços em seus produtos preferidos e 45% não têm encontrado os produtos desejados. Além disso, 26% se disseram preocupados com a possibilidade de não terem dinheiro suficiente para pagar por suas compras.

No mercado americano, a renda média dos consumidores estava, em fevereiro de 2022, abaixo dos níveis de março de 2020, quando ajustada pela inflação do período. Com o aumento das despesas em diversas outras áreas, os consumidores podem estar sentido ainda mais os efeitos da contração de renda nos últimos dois anos.

Considerando que o aumento dos preços da energia e das commodities indica que o preço dos alimentos vai demorar para voltar aos padrões pré-pandemia, os consumidores têm sido resilientes e se adaptado aos novos tempos. Metade tem procurado mais promoções, 35% aumentaram a compra de itens de marca própria, 21% reduziram o volume de carnes e peixes e 14% passaram a comprar menos hortifrutis.

Outro caminho para economizar é o uso de alternativas omnichannel. O volume de compras de alimentos continua acima do pré-pandemia e 64% dos consumidores disseram ter feito compras online de supermercados nos últimos 30 dias e 15% sempre compram pela internet. Mais de um em cada 4 pessoas optam pela entrega no mesmo dia ou no dia seguinte, 27% preferem a entrega em prazos normais e 25% optam pela retirada nas lojas físicas.

Segundo o FMI, 40% dos consumidores (especialmente os mais novos e que moram em regiões urbanas) dizem que comprar online é melhor do que ir até uma loja física, no que se refere à descoberta de novos produtos. Por outro lado, 43% afirmam ter acesso a produtos de mais qualidade no ponto de venda físico. Não à toa, no varejo americano 70% das compras de alimentos acontecem pessoalmente.

Fonte: SuperHiper