Na última semana, a Uber anunciou o encerramento das entregas de restaurantes do Uber Eats, programado para março. Agora, o aplicativo deve investir na modalidade de compras, mirando no delivery de supermercado e pacotes, para tentar manter o crescimento.
No caso de supermercados, o Uber Eats conta com a startup chilena Cornershop. A Uber tinha 53% de participação na empresa até 2020 e, no ano passado, adquiriu os 47% restantes. Assim, também por causa da pandemia da Covid-19, que levou várias pessoas a usarem mais esse tipo de serviço, a entrega desse setor se tornou mais estratégica.
O segmento last-mile também motivou, durante o auge do isolamento para conter o avanço do coronavírus, o crescimento de aplicativos como Rappi e iFood, concorrentes do Uber Eats. O iFood, por exemplo, comprou o SiteMercado, em 2020. Há ainda o app colombiano Merqueo, concorrento do Rappi naquele país, que aportou em São Paulo em agosto de 2021.
Em 2020, um levantamento da plataforma Hibou, que monitora consumo, mapeou hábitos de compra em plataformas de delivery. Foi observado que 51% dos usuários dos aplicativos como Uber Eats, iFood e Rappi, realizaram pela primeira vez pedidos em supermercados.
Entre essas pessoas, 17,7% desejavam manter a rotina de compras digitais, com 40% variando entre os aplicativos e as idades até os mercados presencialmente. E 25,6% acreditavam em voltar apenas a ir pessoalmente às lojas. No ano passado, a pesquisa foi atualizada e um número esmagador se viu, confirmando a estratégia do Uber Eats de focar no segmento: 80,2% dos usuários pretendem manter o delivery como forma de fazer feira.
Fonte: Olhar Digital